LD#52 | Tráfego Orgânico em 2025: de onde vem e para onde vão suas vendas?

Você olha os números. O tráfego da sua loja virtual caiu 12%, 24%, 35%. E você se pergunta: o que estou fazendo de errado?

A verdade é que, em 2025, nem sempre se trata de erro no seu SEO ou marketing — mas sim de transformação.

Como disse o professor Leon C. Megginson, interpretando as ideias de Darwin:

“Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças.”

Embora muita gente atribua essa frase diretamente a Charles Darwin, ela foi formulada por Megginson justamente para explicar como princípios da evolução também se aplicam ao mundo dos negócios — e ela nunca fez tanto sentido quanto agora.

Estamos vivendo uma mudança de era na forma como consumidores descobrem, confiam e compram de lojas virtuais.

Não se trata apenas de SEO técnico ou campanhas no Meta Ads ou Google Ads. O jogo agora exige uma abordagem holística: marca forte, experiência impecável e adaptação a um novo tipo de busca, mediada por inteligência artificial.

 

Nesta edição da Loja Digital, vamos entender:

• Como lojas virtuais atraem clientes hoje.

• Por que o tráfego orgânico está caindo.

• Como as novas buscas por IA estão reescrevendo as regras do e-commerce.

Como você está atraindo visitantes? (E como deveria estar)

Toda loja virtual vive de um mesmo ciclo: atrair, converter, reter. Mas quando falamos em atração, as estratégias podem variar — e muito.

Reconhecimento de Marca (Branding): Marcas fortes vendem mais, mesmo quando o consumidor não lembra exatamente o nome. Branding constrói memória de marca, algo que reduz o custo por aquisição e melhora o ROI de todas as outras ações.

Vendas Recorrentes: A melhor venda é aquela que acontece de novo. Estratégias de fidelização, como assinatura, clubes de pontos, e pós-venda ativo criam ciclos virtuosos — e mais previsíveis. Para entender melhor como a recorrência pode transformar seu e-commerce, leia o artigo Recorrência no E-commerce: Por Que Ela é o Segredo do Sucesso?.

Tráfego Pago: Plataformas como Meta, Google, TikTok e afiliados continuam sendo ótimas ferramentas para alcançar públicos rapidamente. Mas os custos estão subindo e o retorno, caindo — especialmente para quem não investe em diferenciação. Para saber como otimizar seus investimentos em tráfego pago e aumentar suas conversões, confira este artigo do blog da Bertholdo sobre Tráfego Pago para E-commerce.

Tráfego Orgânico: Ainda é um dos canais mais valiosos, mas em 2025, a maior parte dos sites está vendo queda. Por quê?

Marcas estabelecidas costumam ter uma vantagem significativa em branding e vendas recorrentes. Elas constroem uma base de clientes fiéis que compram repetidamente, movidas pela confiança e pelo reconhecimento de marca. Essa fidelidade reduz a dependência de tráfego pago e cria um ciclo virtuoso: quanto mais forte a marca, maior a chance de ser escolhida mesmo quando a concorrência investe pesado em anúncios.

Já as lojas iniciantes geralmente não possuem esse luxo. Elas precisam pagar para serem vistas. É por isso que o tráfego pago é o principal canal para esses negócios. Ele oferece resultados rápidos e previsíveis, mas é também o mais caro — e pode se tornar insustentável se não for bem gerido.

Mas há um ponto em comum: o tráfego orgânico é um desejo para ambas. Para as grandes marcas, é uma forma de sustentar sua liderança sem custos crescentes. Para as pequenas, é a chance de competir de igual para igual, conquistando relevância com conteúdo de qualidade e experiência superior.

No entanto, como veremos na próxima seção, o cenário está mudando rapidamente. O tráfego orgânico que muitos consideravam garantido está sob ameaça. E quem não entender esse novo jogo pode acabar pagando caro para recuperar o terreno perdido.

Tráfego Orgânico em queda: o que está acontecendo?

Você não foi penalizado pelo Google, mas seu tráfego orgânico caiu. Isso está acontecendo com a maioria dos sites. Entenda os principais culpados em 2025:

• Zero-click searches: Esse é um dos maiores desafios para quem depende de tráfego orgânico. Zero-click searches ocorrem quando os usuários encontram a resposta para suas perguntas diretamente na página de resultados do Google, sem precisar clicar em nenhum link. Esses resultados incluem featured snippets, painéis de conhecimento (gerados por IA), gráficos e até vídeos que aparecem diretamente na SERP (página de resultados do Google).

O Google está cada vez mais focado em reter usuários na própria plataforma, oferecendo respostas instantâneas que eliminam a necessidade de visitar outros sites. Isso significa que, mesmo que você apareça bem posicionado, os cliques podem não vir. Para se adaptar a essa realidade, é necessário criar conteúdo que não apenas responda a perguntas de forma direta, mas que também desperte curiosidade e incentive o usuário a explorar mais, clicando em links internos ou acessando materiais ricos, como e-books e vídeos exclusivos.

• Mudança no comportamento de busca: Hoje, usuários buscam soluções em vídeos, carrosséis de redes sociais e até em chats com IA — não mais só no Google. O conteúdo está mais fragmentado e distribuído em múltiplos canais. Isso significa que estar presente em apenas uma plataforma não é mais suficiente.

• Concorrência com a IA: Ferramentas como ChatGPT, Perplexity, Bing Copilot e até a busca generativa do Google oferecem respostas completas, contextuais e altamente precisas — e as pessoas clicam menos. Quando a resposta certa está a apenas uma pergunta de distância, por que clicar?

• Conteúdo técnico e raso: Muitos sites apostaram em volume de conteúdo, mas esqueceram da experiência real do usuário. Resultado: o Google prioriza quem entrega valor de verdade. Não basta ser encontrado, é preciso ser relevante e útil para o visitante.

• SEO tradicional em declínio: Palavras-chave, links e metadados ainda importam, mas não são mais suficientes. A estrutura do seu conteúdo precisa entender a jornada do consumidor, respondendo não apenas ao “o que” mas também ao “por que”, “como” e “quando”. Para dicas práticas sobre como desenvolver uma estratégia de palavras-chave que realmente funcione, veja este artigo do blog da Bertholdo: 4 Dicas para Criar uma Estratégia de Palavras-Chave para SEO.

A maioria das lojas pequenas ainda foca só em tráfego orgânico e, no máximo, impulsiona um post no Instagram. Em 2025, isso não é mais suficiente.

As regras do jogo mudaram, e os velhos truques de SEO já não garantem a visibilidade que antes traziam resultados consistentes. É hora de diversificar as fontes de tráfego, investir em estratégias de longo prazo e, principalmente, compreender que a era do “conteúdo por volume” chegou ao fim.

Se você não evoluir para se adaptar ao novo cenário digital, corre o risco de ver seu tráfego minguar e seus resultados caírem ainda mais.

GEO: A nova fronteira da descoberta

A mudança já começou — e ela tem nome: GEO (Generative Engine Optimization).

Assim como o SEO foi a arte de agradar os motores de busca tradicionais, o GEO é a ciência de criar conteúdo otimizado para as respostas geradas por IA. Ou seja: fazer com que sua marca seja referenciada quando um cliente perguntar a um chatbot, a um assistente de voz, ou a uma busca generativa por uma recomendação.

Quer alguns exemplos?

Quando alguém pergunta: “Qual o melhor perfume inspirado no Sauvage da Dior?” — e a IA responde com a sua marca.

Quando um consumidor quer saber “qual loja confiável entrega rápido em Minas Gerais” — e você é citado por causa da reputação e estrutura de dados.

Para isso, é preciso mais do que SEO técnico. É necessário:

1. Dados estruturados bem organizados

2. Conteúdo útil, claro e autoral

3. Presença em múltiplas fontes confiáveis (sites, redes, marketplaces)

4. Reputação digital consolidada

E para quem quer aplicar isso com velocidade e segurança, o Clube Loja da Bertholdo oferece uma solução prática. Ele combina loja virtual OpenSaaS otimizada (tanto para SEO quanto para GEO), suporte especializado e mentoria contínua — com foco em crescimento e adaptação às novas exigências digitais.

Se suas vendas estão caindo, talvez não seja só o seu esforço que está falhando. O caminho mudou. E quem quer continuar vendendo precisa mudar junto.

Em 2025, o consumidor chega até você por novos caminhos. Cabe ao seu negócio abrir essas novas portas ou continuar esperando que ele bata à sua antiga. Mas fique atento! A batida vai ficar cada vez mais rara.

AVISO FINAL:

1. Quero falar sério com você que curte nossa news, mas fica aí quietinho só lendo. Você nunca indicou a Loja Digital para nenhum amigo e nem compartilhou nos stories? Estou de olho!

2. Quer que a gente analise a performance da sua loja e sugira ações práticas para o novo cenário digital? Solicite uma avaliação gratuita aqui!

3. Devido a problemas técnicos no Substack, essa edição da Loja Digital não foi enviada no sábado às 7:07. Como solução alternativa, publicamos a edição aqui em nosso Blog. Pedimos desculpas a você leitor, porém o problema no Substack está fora do nosso campo de atuação.

Grande abraço e muitas vendas!

Flávio Augusto Bertholdo