Marketplaces continuam sendo canais relevantes para vendas online. Eles oferecem alcance, tráfego e infraestrutura pronta. Porém, quando se tornam o principal ou único canal, passam de solução para risco estratégico.
Empresas que crescem percebem cedo que depender de plataformas de terceiros significa abrir mão de controle, margem e relacionamento com o cliente. Reduzir essa dependência não é abandonar marketplaces, mas reposicionar o e-commerce próprio como centro da estratégia digital.
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TogglePor que depender demais de marketplaces é arriscado?
O primeiro grande problema está na margem. Comissões, taxas logísticas, anúncios internos e políticas comerciais impostas reduzem drasticamente a lucratividade, principalmente em operações de maior volume.
Outro ponto crítico é a falta de acesso aos dados do cliente. O marketplace controla informações estratégicas como comportamento de compra, recorrência e jornada. Sem esses dados, decisões de marketing e produto ficam limitadas e reativas.
Além disso, regras podem mudar sem aviso prévio. Alterações em algoritmos, políticas de destaque ou critérios de punição impactam diretamente o faturamento, sem que a empresa tenha poder de decisão.
Por fim, existe a concorrência direta por preço. No marketplace, produtos semelhantes aparecem lado a lado, incentivando uma guerra de preços que enfraquece marcas e margens.

O erro mais comum das empresas
Muitas empresas percebem os riscos e tomam uma decisão precipitada: tentar sair do marketplace de uma vez. Esse movimento, sem planejamento, costuma gerar queda imediata de vendas e pressão interna.
Outro erro frequente é criar um e-commerce próprio apenas “para existir”. Lojas sem estratégia, sem tráfego e sem diferenciação acabam virando um canal irrelevante, reforçando a dependência do marketplace.
Reduzir dependência exige planejamento gradual, metas claras e integração entre marketing, tecnologia e operação. É um processo, não um evento.
#1 Construa um e-commerce próprio forte
Ter um e-commerce próprio não é apenas “ter um site no ar”. Trata-se de construir um canal estratégico, capaz de sustentar o crescimento da empresa no médio e longo prazo, com autonomia, previsibilidade e controle sobre toda a operação digital.
Isso começa pela escolha de uma plataforma robusta, preparada para escalar conforme o aumento de acessos, pedidos e complexidade do negócio. A plataforma precisa integrar-se facilmente aos sistemas internos, permitir personalizações avançadas e evoluir sem comprometer a performance ou a estabilidade da operação. Soluções como WooCommerce e Magento, quando bem estruturadas, oferecem exatamente esse equilíbrio entre flexibilidade, controle e independência tecnológica.
No entanto, a tecnologia por si só não garante resultados. É essencial pensar em toda a estrutura da experiência, desde a arquitetura de informação e a navegação, passando por UX, checkout otimizado, meios de pagamento eficientes e uma infraestrutura de performance preparada para picos de acesso.
O objetivo final é claro: entregar uma experiência de compra superior à do marketplace, capaz de gerar confiança, aumentar conversão, estimular recompra e transformar o e-commerce próprio no principal motor de crescimento do negócio.
#2 Use o marketplace como canal de aquisição, não como dependência
Marketplaces devem ser vistos como topo de funil, e não como o destino final da estratégia digital da empresa. Eles são excelentes para gerar alcance rápido, aproveitar tráfego existente e acelerar vendas, mas não devem concentrar toda a operação do negócio.
Essas plataformas podem ser usadas de forma inteligente para dar visibilidade a produtos específicos, testar novas linhas, validar preços ou alcançar públicos que ainda não conhecem a marca. Nesse contexto, o marketplace cumpre um papel importante de exposição e aquisição inicial. O erro acontece quando toda a estratégia de vendas e crescimento fica presa a esse canal, limitando controle, margem e relacionamento com o cliente.
A estratégia mais sustentável é utilizar o marketplace para gerar volume e reconhecimento de marca, enquanto o e-commerce próprio se torna o principal canal de relacionamento, recompra e aumento do valor por cliente. É no canal próprio que a empresa constrói base de dados, fideliza consumidores e cria crescimento previsível e de longo prazo.

#3 Trabalhe marca, não apenas produto
No marketplace, a decisão de compra é guiada principalmente por preço, prazo de entrega e avaliações, o que coloca os vendedores em uma disputa constante por menor valor e margens cada vez mais apertadas. Nesse ambiente, a marca quase sempre fica em segundo plano, e o produto se torna facilmente substituível.
Já no e-commerce próprio, a empresa tem liberdade para construir uma narrativa de marca sólida, que vai muito além do produto. É possível trabalhar uma identidade visual consistente, uma comunicação clara e alinhada ao posicionamento do negócio, além de reforçar autoridade no segmento e destacar diferenciais competitivos que não aparecem nos marketplaces.
Quando a marca é bem construída, o cliente passa a escolher não apenas pelo preço, mas pela confiança, pela experiência e pelo valor percebido. Marcas fortes conseguem:
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Reduzir a sensibilidade a preço
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Aumentar a taxa de recompra
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Criar um relacionamento de longo prazo com o cliente
Esse fortalecimento da marca é um dos principais pilares para reduzir a dependência dos marketplaces, pois transforma o e-commerce próprio em um canal estratégico de crescimento, e não apenas em mais um ponto de venda.
#4 Crie canais próprios de tráfego e relacionamento
Um e-commerce próprio só cresce de forma consistente quando desenvolve canais próprios de aquisição e relacionamento . Diferente dos marketplaces, onde o tráfego não pertence à marca, aqui a empresa constrói ativos que sustentam o crescimento no médio e longo prazo.
O SEO permite gerar tráfego previsível e recorrente, reduzindo a dependência de mídia paga ao longo do tempo. A mídia paga, quando bem planejada e direcionada para o e-commerce próprio, ajuda a acelerar resultados, testar ofertas e ganhar escala com controle total sobre custos e performance.
Já canais como e-mail marketing, CRM e WhatsApp fortalecem o relacionamento com o cliente, aumentam a recompra e elevam o LTV, criando uma base fiel e recorrente.
Diferente do marketplace, esses canais pertencem à empresa. Cada investimento feito gera ativos duradouros, dados estratégicos e relacionamento direto com o cliente, e não apenas vendas pontuais que se encerram ao fim da campanha.
#5 Use dados para tomar decisões estratégicas
No e-commerce próprio, os dados deixam de ser limitados e passam a ter valor estratégico real. Diferente dos marketplaces, a empresa tem acesso completo às informações do cliente, o que permite entender toda a jornada de compra, identificar gargalos de conversão e analisar o comportamento de consumo com profundidade.
Com esses dados, é possível criar ações mais precisas, ajustar ofertas, melhorar a experiência do usuário e tomar decisões baseadas em fatos, não em suposições. Isso impacta diretamente conversão, retenção e crescimento.
Ao utilizar ferramentas como GA4, eventos customizados, BI e integrações server-side , a empresa ganha clareza para saber onde investir, o que otimizar e como escalar o e-commerce de forma sustentável e previsível.
#6 Estruture integrações e processos
Um dos receios mais comuns que as empresas enfrentam ao tentar reduzir sua dependência de marketplaces é a complexidade operacional. Quando se migra para um e-commerce próprio, a ideia de integrar e coordenar diferentes sistemas pode parecer desafiadora. A gestão de estoque, logística, pagamentos, faturamento e atendimento ao cliente exige uma abordagem organizada e eficiente, o que pode gerar receio de sobrecarregar as equipes e os processos.
No entanto, esse problema pode ser totalmente resolvido por meio de integrações bem planejadas. Ao integrar o e-commerce com sistemas de ERP (Enterprise Resource Planning), CRM (Customer Relationship Management), meios de pagamento, logística e sistemas fiscais, é possível criar um fluxo de trabalho automatizado, sem falhas e otimizado. Isso significa que toda a operação será sincronizada, o que elimina tarefas manuais, reduz erros e permite que a empresa tome decisões baseadas em dados em tempo real.

O papel do parceiro certo nessa transição
Reduzir a dependência de marketplaces vai muito além de simplesmente sair dessas plataformas. Exige uma visão estratégica clara, aliada a um conhecimento técnico aprofundado e uma experiência prática para implementar soluções eficazes.
Para que o e-commerce próprio seja uma verdadeira alternativa de crescimento, não basta apenas construir uma loja virtual. O sucesso está em planejar o crescimento de forma consistente e estruturada, acompanhando de perto as métricas de desempenho e evoluindo continuamente. Isso implica em ter uma estratégia sólida, integração eficiente de sistemas e processos, além de uma gestão de performance que permita otimizar a conversão, reduzir custos e aumentar a margem de lucro.
A Bertholdo se posiciona como parceira estratégica nesse processo complexo e crucial para o sucesso a longo prazo. Com nossa experiência comprovada, ajudamos empresas a transformar seus desafios em oportunidades, com soluções personalizadas que se adaptam às necessidades específicas de cada negócio.
Conclusão
Marketplaces devem ser tratados como canais complementares, não como base do negócio.
Empresas que constroem crescimento sustentável investem em e-commerce próprio, dominam seus dados, fortalecem a marca e reduzem riscos operacionais.
Se sua empresa quer mais controle, previsibilidade e margem, o momento de reduzir a dependência de marketplaces é agora.
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